O beneficiário do subsídio do Fundo Treat FTD discute a terapia genética FTD-GRN em entrevista ao jornal
Simon Ducharme, MD, MSc, FRCPC, da Universidade McGill, recentemente beneficiário de uma bolsa do Treat FTD Fund, discutiu uma terapia genética experimental para FTD-GRN em uma entrevista em dezembro ao jornal francês de Quebec Le Devoir.
Aproximadamente 40% de pessoas diagnosticadas com DFT têm histórico familiar de um ou mais parentes de sangue diagnosticados com DFT ou uma condição relacionada, conhecida como “DFT familiar.” Daqueles com DFT familiar, uma parte dos casos pode ser atribuída a um Mutação genética causadora de FTD, como mutações no GRN gene que pode levar a FTD-GRN. GRN regula a produção de progranulina, uma proteína que ajuda a manter a saúde das células nervosas – mas o GRN a mutação pode causar falta de produção de progranulina, levando à neurodegeneração.
Na entrevista, o Dr. Ducharme fornece uma visão científica do PBFT02, uma terapia genética desenvolvida pela empresa de terapia genética Passage Bio visando FTD-GRN e atualmente passando por um ensaio clínico de fase 1/2. O tratamento consiste em uma única injeção que fornece uma substância não mutada GRN gene usando um vírus modificado para reiniciar a produção de progranulina.
“Esses vírus não são tóxicos, não são contagiosos e não vão se espalhar”, disse o Dr. Ducharme sobre os vírus modificados. “Apenas o envelope deles é usado para entregar o gene normal ao cérebro. E a administração de uma dose única deve ser suficiente porque o novo código genético que vamos injetar permanecerá nos neurônios para sempre”.
A fase atual do estudo, chamado upliFT-D e que está sendo conduzido pelo Dr. Ducharme no Canadá e em outros dois locais nos Estados Unidos e no Brasil, é verificar se os participantes toleram bem o tratamento e determinar a dose ideal para a terapia. Ducharme observa que, para esta fase, o upliFT-D recrutou pessoas com DFT que apresentam sintomas, mas cuja progressão não está muito avançada.
“Se o paciente já apresenta sintomas, não esperamos realisticamente que eles voltem ao normal, embora teoricamente este tratamento possa ser curativo”, disse o Dr. Ducharme. “Porque quando você tem sintomas, significa que houve um pouco de degeneração, que os neurônios morreram.”
Segundo o Dr. Ducharme, o objetivo do PBFT02 é bloquear ou retardar a progressão da DFT. “Se conseguirmos fazer isso, o próximo passo seria oferecer o tratamento aos portadores assintomáticos – pessoas que têm a mutação, mas ainda não apresentam sintomas”, disse ele.
Em dezembro, a Passage Bio anunciou resultados preliminares promissores para o ensaio clínico, constatando que a terapia foi geralmente bem tolerada pelos participantes. Mais importante ainda, a empresa observou um aumento significativo nos níveis de progranulina nos participantes do ensaio, permanecendo acima da linha de base livre de FTD seis meses após a dosagem.
Em 2022, o Dr. Ducharme recebeu uma bolsa do Tratar Fundo FTD, uma parceria entre a AFTD e a Alzheimer's Drug Discovery Foundation, para apoiar sua pesquisa que avalia o uso de nabilona, um canabinoide sintético, para tratar sintomas comportamentais da DFT.
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